Novas Cartas Portuguesas, de Maria Isabel Barreno,
Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa

Considerado um texto revolucionário do feminismo português, Novas Cartas Portuguesas é um manifesto contra todas as formas de opressão, reivindicativo dos direitos humanos, de conteúdo subversivo, político e literário. Nesta obra lançada em 1972, Maria Velho da Costa, Maria Teresa Horta e Maria Isabel Barreno escreveram poesia, romance, ensaio, conto e carta, e viram o seu trabalho censurado passados apenas 3 dias, sendo acusadas de serem imorais e os seus textos pornográficos. Foram alvo de um processo judicial que só caiu após o 25 de abril de 1974.

Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa

Maria Teresa Horta (1937-), Maria Velho da Costa (1938-2020) e Maria Isabel Barreno (1939-2016), autoras da célebre obra Novas Cartas Portuguesas, conheceram-se enquanto membros de organizações que compunham o movimento feminista português, lutando contra uma sociedade repressora que condicionava a mulher, negando-lhe direitos básicos de realização e de afirmação enquanto ser humano. 
Em 1972, iniciam a aventura de Novas Cartas Portuguesas, obra proibida pelo regime, que vai ser o epicentro de um escândalo nacional e internacional conhecido como “o caso das três Marias”.