Conversas de Futuro: Futuro da Humanidade com Luís Portela
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Na noite de 29 de maio, a Livraria Lello voltou a ser palco de ideias que desafiam o tempo. No âmbito do ciclo Conversas de Futuro, recebemos Luís Portela — médico, empresário, fundador da BIAL e uma das figuras mais respeitadas do pensamento científico e espiritual em Portugal.
Nessa noite, Luís Portela convidou a atenta audiência a pensar no Futuro da Humanidade a partir do que há de mais íntimo em cada um de nós — o pensamento, a consciência e a responsabilidade individual. Numa era marcada por desequilíbrios sociais, ecológicos e espirituais, o orador defendeu que o autoaperfeiçoamento poderá ser o maior contributo individual para a construção de um futuro melhor.
“Todos somos emissores e recetores de pensamento.”
Se o século XX foi o século da razão, da ciência e da tecnologia, Portela propõe que o nosso tempo possa vir a ser o século da “iluminação”. Não no sentido místico, propriamente, mas como aprofundamento do autoconhecimento, da consciência e da espiritualidade informada pela ciência.
Baseando-se na sua experiência como impulsionador da Fundação BIAL, que, há mais de três décadas, apoia investigação científica em áreas como a telepatia, a consciência e as experiências de quase-morte, Portela apresentou evidência empírica e académica sobre o que durante muito tempo foi considerado tabu: a mente como força criadora e o pensamento como energia.
“Todos somos emissores e recetores de pensamento”, afirmou, partilhando resultados de estudos científicos sobre transmissão de pensamento e reencarnação realizados em instituições como Cambridge, Pádua ou a Universidade da Virgínia. Ainda que muitas destas investigações não estejam totalmente consolidadas no mainstream académico, Luís Portela defende que é precisamente aí, no diálogo com o invisível, com o inexplicável, com o que ainda falta descobrir, que reside o futuro da ciência.
“A chave está no pensamento positivo, na capacidade de controlar a palavra e os atos.”
Longe de promover qualquer dogma, Luís Portela fala da espiritualidade como um exercício de responsabilidade. “A chave está no pensamento positivo, na capacidade de controlar a palavra e os atos”, disse, destacando a importância de um exercício diário de introspeção e alinhamento com os valores que queremos cultivar.
Numa abordagem que cruza psicologia, física quântica e filosofia, o autor propôs que cada um de nós tem não só o poder, mas o dever de contribuir para um mundo mais harmónico. “Felicidade”, disse, “não está tanto no colher, mas no semear. Não está tanto no receber, mas muito mais no dar.”
A conversa foi moderada por Jaime Quesado, economista e gestor, que questionou se estaremos, como sociedade, suficientemente despertos para a urgência do autoaperfeiçoamento. Seguiu-se uma troca de ideias, onde se discutiram temas como as memórias genéticas, o papel das emoções na intuição, a honestidade consigo mesmo e até o lugar das coincidências na vida espiritual. A sessão terminou com uma mensagem clara: o futuro não começa amanhã — começa em nós.