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25 de março de 2024
Livraria Lello sugere
Neste mês de março, a Livraria Mais Bonita do Mundo sugere duas obras para enaltecer a Mulher e celebrar a Poesia! "Contos, Sonhos e Imaginações" de Agustina Bessa-Luís, uma das vozes mais importantes e invulgares da Literatura Portuguesa, onde as suas personagens femininas não hesitam em quebrar as convenções, e "A Invenção do Canto e Outros Versos" de Carlos Tê, que conta com um vasto repertório de letras-poema para canções.
Contos, Sonhos e Imaginações, Agustina Bessa-Luís
As imagens da infância determinam toda a relação com as obras da sua vida. Agustina junta as duas mãos, entrelaça os dedos, forma uma concha, e no vazio aprisiona o tempo — o seu laboratório, onde recupera o passado, pois sem ele o presente não existe, e aí guarda o segredo da imortalidade. Às vezes acontece, surpreende-se a sonhar com os olhos fitos nas veias azuis das suas mãos, os dedos vão-se desligando, abre-se uma fissura, e Agustina entra num outro tempo, o da existência no sonho, no mito, no conto.
A Invenção do Canto e Outros Versos, Carlos Tê
É tão velha a canção como a polémica: são letras ou são poemas? A Imprensa Nacional, percebendo a importância em relevar o trabalho dos escritores para canções —que depois as interpretam ou não —, cria esta série da coleção Plural, a Letra Poema, porque acha que, sendo uma coisa ou sendo outra, sempre foram ambas. A letra é um poema e um poema é uma letra. E o que aqui se tenta é a reparação dessa falha, dando o destaque merecido a quem nos põe a cantar as suas palavras.
Contos, Sonhos e Imaginações, Agustina Bessa-Luís
As imagens da infância determinam toda a relação com as obras da sua vida. Agustina junta as duas mãos, entrelaça os dedos, forma uma concha, e no vazio aprisiona o tempo — o seu laboratório, onde recupera o passado, pois sem ele o presente não existe, e aí guarda o segredo da imortalidade. Às vezes acontece, surpreende-se a sonhar com os olhos fitos nas veias azuis das suas mãos, os dedos vão-se desligando, abre-se uma fissura, e Agustina entra num outro tempo, o da existência no sonho, no mito, no conto.
A Invenção do Canto e Outros Versos, Carlos Tê
É tão velha a canção como a polémica: são letras ou são poemas? A Imprensa Nacional, percebendo a importância em relevar o trabalho dos escritores para canções —que depois as interpretam ou não —, cria esta série da coleção Plural, a Letra Poema, porque acha que, sendo uma coisa ou sendo outra, sempre foram ambas. A letra é um poema e um poema é uma letra. E o que aqui se tenta é a reparação dessa falha, dando o destaque merecido a quem nos põe a cantar as suas palavras.