Livraria Lello sugere…
Ora poético, ora brutal e inquietante, José Saramago é sinónimo de Literatura, tendo legado um vasto património cultural, sem tempo ou lugar. Único Prémio Nobel da Literatura de Língua Portuguesa, o escritor nascido na Azinhaga do Ribatejo prendeu os leitores de todo o mundo em torno da sua incontornável obra.
No mês em que iniciam as comemorações do centenário do autor, os Livreiros da Livraria Lello sugerem duas das suas obras mais aclamadas. A partir da junção entre a história real e a história ficcionada José Saramago construiu Memorial do Convento. Mais do que um romance histórico, é um retrato de uma época, com toda a estratificação social e moral que a caracterizou.
Noutra das suas obras mais célebres, Ensaio sobre a Cegueira, Saramago parecia já prever o futuro, narrando uma pandemia que rapidamente se alastrou pelo mundo… Não foi por acaso que se tornou um dos livros mais citados com o deflagrar da pandemia da Covid-19.
Ensaio sobre a Cegueira, José Saramago
Em 1995, José Saramago confinou as personagens de Ensaio sobre a Cegueira numa ablepsia coletiva, que rapidamente se alastrou pelo mundo, não poupando (quase) ninguém. A cegueira branca em que o autor inunda a população oferece ao leitor um retrato cru das fragilidades e contradições da espécie humana, pois “só num mundo de cegos as coisas serão o que verdadeiramente são”.
Adaptado em 2008 ao cinema por Fernando Meirelles, Ensaio sobre a Cegueira é uma obra sem tempo, que não deixa quem a lê indiferente, pela brutalidade e violência com que enfrenta o leitor. Através de uma narrativa fluída e verdadeiramente arrebatadora, deixa-nos a pensar: Até que ponto não seríamos também nós capazes dos atos mais impiedosos perante o desconhecido e a incerteza? Até que ponto não seremos todos nós cegos?
Memorial do Convento, José Saramago
“Era uma vez um Rei que fez a promessa de levantar um convento em Mafra. Era uma vez a gente que construiu esse convento. Era uma vez um soldado maneta e uma mulher que tinha poderes. Era uma vez um padre que queria voar e morreu doido. Era uma vez.”
Mais do que um romance histórico, no qual o autor não descura os dados factuais, Memorial do Convento é um retrato de uma época, com toda a estratificação social e moral que a caracterizou. Esta será talvez uma das obras que melhor reflete a justificação dada pela Academia Sueca aquando da atribuição do Prémio Nobel ao escritor, em 1998: “aquele que com parábolas portadoras de imaginação, compaixão e ironia torna constantemente compreensível uma realidade fugidia”.
Profundamente poética e apaixonante, esta é a história de Blimunda e de Baltasar, do Padre Bartolomeu de Gusmão, de Domenico Scarlatti, de D. João V e de D. Maria Ana da Áustria. É uma história de milagres, desejos (muitas das vezes megalómanos), de sonhos e de loucura. Mas é também neste livro que José Saramago homenageia e exalta o povo anónimo que com a sua força, e até a própria vida, ajudou a erguer um monumento que é o símbolo de uma época.
Estes dois livros fazem parte de uma coleção à venda exclusivamente na Livraria Lello. Para encomendar estas ou outras obras de José Saramago, envie-nos um email para info@livrairalello.pt.