Escrita e publicada pela primeira vez em 1631, durante o domínio filipino em Portugal, esta edição, de 1737, quando Portugal havia já recuperado a sua Independência, contém no final, com frontispício próprio, a obra Armonia Politica dos Documentos Divinos com as Conveniencias de Estado: Exemplar de Principes no Governo dos Gloriosissimos Reys de Portugal […], também da autoria de António de Sousa Macedo. A obra, com encadernação em pele, divide-se nas várias excelências que se podem apontar a Portugal, entre as quais se contam: a fertilidade da terra, a Monarquia, a nobreza e engenho do seu povo, a Religião, a Justiça, a honestidade, a verdade e a fidelidade. António de Sousa Macedo foi um dos principais atores do movimento restauracionista, servindo importantes funções diplomáticas durante o século XVII, enquanto Ministro de Portugal em Londres e Embaixador na Holanda. É muitas das vezes apontado como o primeiro jornalista português, destacando-se pela sua extrema cultura, versatilidade e por um discurso direto e conciso tão próprio da imprensa.