Ribeira e Caves do Vinho do Porto 

Nas palavras de José Saramago, único Prémio Nobel da Literatura de língua portuguesa, em Viagem a Portugal (1981), “o Porto, para verdadeiramente honrar o nome que tem, é, primeiro que tudo, este largo regaço aberto para o rio, mas que só do rio se vê, ou então, por estreitas bocas fechadas por muretes, pode o viajante debruçar-se para o ar livre e ter a ilusão de que todo o Porto é Ribeira”. 

Aqui, na Ribeira, a paisagem é inconfundível. “A encosta cobre-se de casas, as casas desenham ruas, e, como todo o chão é granito sobre granito, cuida o viajante que está percorrendo veredas de montanha”, descreve Saramago. 

Parte integrante do Centro Histórico do Porto, que é Património Mundial da UNESCO, a Ribeira é um reflexo da história e da tradição. Nas águas do Douro, há dezenas de barcos rabelos – os barcos à vela de madeira, que serviam para o transporte do Vinho do Porto – atracados ao longo da margem. E, do outro lado do rio, vêm-se, em Vila Nova de Gaia, as famosas Caves onde envelhece a bebida que ganhou o nome da cidade invicta.